Conhecer o formato do gênero acadêmico ajuda de antemão a produzi-lo. Não é à toa que diz Mouillaud: "o formato prepara para o sentido". Destrinchamos, abaixo, as partes de um modelo:
CAPA
Instituição, com emblema da Ufba ao centro, Faculdade de Comunicação e Habilitação cursada, nome do aluno, título do anteprojeto, subtítulo, local, semestre letivo

Manual de Estilo Acadêmico, de Sônia Chagas e Nídia Lubisco, p. 23
RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA
Manual de Estilo Acadêmico, de Sônia Chagas e Nídia Lubisco, p. 42
SUMÁRIO
Manual de Estilo Acadêmico, de Sônia Chagas e Nídia Lubisco, p. 48
1. INTRODUÇÃO
Apresenta o tema, estado da arte, apresenta o problema e o corpus.
2. OBJETIVOS
Que metas se quer alcançar com o projeto.
"(...) É fundamental que estes objetivos sejam possíveis de serem atingidos. Geralmente se formula um objetivo geral,de dimensões mais amplas, articulando-o a outros objetivos mais específicos." (Deslandes, in Minayo: 1993: 42)
- Objetivo geral: questão principal da pesquisa, problemática (uma dica é usar verbos no infinitivo: "analisar", "conhecer", "compreender", "esclarescer")
- Objetivos específicos: questões secundárias relacionadas à questão principal
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Abordagem teórica, quadro de autores e categorias, revisão da literatura.
Deve ter 5 a 7 páginas dissertando criticamente sobre autores, corrente teórica e categorias com as quais irá trabalhar.
4. A DELIMITAÇÃO DA QUESTÃO
Depois de ter feito sua análise crítica sobre a abordagem teórica, aqui é o lugar de especificar seu objeto e como deve analisá-lo.
5. JUSTIFICATIVA
Importância do tema proposto, motivações para desenvolver o tema (o porquê?)
"Trata-se da relevância, do por que tal pesquisa deve ser realizada. Quais os motivos a justificam? Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa?" (Deslandes, in Minayo: 1993: 42)
6. HIPÓTESES
As hipóteses são afirmações feitas no início da pesquisa sobre ocorrências prováveis em relação ao objeto.
"A função do sistema de hipóteses é fornecer a conexão necessária entre teoria e investigação, teoria e fato. Ao surgirem relações entre conceitos variáveis, as hipóteses se definem como meios pelos quais a teoria intervém na investigação e nos fatos. (...)" (Immacolata: 1990: 140)
6.1 - Hipótese principal: (aproximadamente 4 a 6 linhas)
6.2 - Hipóteses secundárias
7. METODOLOGIA
Além de métodos e técnicas, indica opções de leitura e o quadro teórico.
Os principais elementos são: (conforme Deslandes, in Minayo)
a) definição da amostragem
b) coleta de dados
c) organização e análise de dados
8. CRONOGRAMA
Tempo necessário para elaboração do projeto. Ou o tempo disponível, como os 4 meses do projeto experimental.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (Consultar o Manual de Estilo Acadêmico, de Sônia Chagas e Nídia Lubisco)
Exemplos abaixo, nos post sobre bibliografia do curso.
Referências deste post:
LOPES, M. I. V. Pesquisa em comunicação. São Paulo: Loyola, 2005.
LUBISCO, N.; VIEIRA, S. Manual de estilo acadêmico. 2ed. Salvador: Edufba, 2003.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade, Rio de Janeiro: Vozes, 1993.
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